Eis a finalidade da esperança: ir ao encontro de Jesus. (Papa Francisco)
A esperança não desilude» (Rm 5, 5), disse-nos Paulo. A esperança atrai-nos e dá sentido à nossa vida. Não vejo o além, mas a esperança é o dom de Deus que nos atrai para a vida, para a alegria eterna. A esperança é uma âncora que temos do outro lado e, agarrados à corda, sustentamo-nos (cf. Hb 6, 18-20). «Sei que o meu Redentor está vivo e eu mesmo o contemplarei». Repitamos isto nos momentos de alegria e de tristeza, digamos assim na hora da morte. Esta certeza é uma dádiva de Deus, pois nunca poderemos ter a esperança com as nossas próprias forças. Devemos pedi-la. A esperança é um dom gratuito que nunca merecemos: é doado, é concedido. É graça! Depois, o Senhor confirma isto, esta esperança que não desilude: «Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim» (Jo 6, 37). Eis a finalidade da esperança: ir ao encontro de Jesus. E «aquele que vem a mim, não o rejeitarei, pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou» (Jo 6, 37-38). O Senhor receber-nos-á lá, onde está a âncora. A vida na esperança é viver assim: agarrados, com a corda na mão, fortes, conscientes de que a âncora está lá. E esta âncora não desilude, não desilude. Hoje, no pensamento de muitos irmãos e irmãs que partiram, far-nos-á bem olhar para os cemitérios, olhar para o alto. E, como Job, repetir: «Sei que o meu Redentor está vivo, Eu mesmo o contemplarei, os meus olhos o verão e não os olhos de outro». E esta é a força que nos dá esperança, este dom gratuito que é a virtude da esperança. Que o Senhor a conceda a todos nós!
(Homilia do Papa Francisco, Campo Teutônico, 2 de novembro de 2020)
Fonte: PALAVRA DO DIA. vaticannews, 2023. Disponível em: <https://www.vaticannews.va/pt/palavra-do-dia/2023/11/02.html>. Acesso em: 02, novembro de 2023.